Neuer brilha, Alemanha elimina Itália após 18 pênaltis e vai à semifinal da Eurocopa


A maldição não acabou, mas a Alemanha está na semifinal da Eurocopa!

Neste sábado, a atual campeã do mundo empatou por 1 a 1 com a Itália, em Bordeaux, e avançou com uma vitória tensa, após 18 cobranças de pênaltis.

Destaque para o goleiro Neuer, que defendeu dois chutes dos italianos e acabou eleito como melhor jogador da partida.

Ozil fez o tento dos alemães, aos 20 minutos da segunda etapa, enquanto Bonucci igualou 10 minutos depois, cobrando pênalti feito por Boateng, que colocou a mão na bola em jogada de escanteio.

Após uma prorrogação sem gols, preveleceram os teutônicos na marca da cal, em uma longa série de cobranças, com direito a algumas muito ruins, como as de Zaza e Schweinsteiger.

Contudo, ainda persiste a maldição dos alemães contra os italianos em jogos de competição. Em nove oportunidades, somando Copas do Mundo e Eurocopas, os teutônicos nunca conseguiram bater a Azzurra, que soma quatro vitórias e cinco empates.

A vitória nos pênaltis também teve gosto de vingança para os comandados de Joachim Low, que, há quatro anos, foram eliminados da Eurocopa justamente pela Itália, mas na semifinal: 2 a 1, com dois golaços de Balotelli. Naquela ocasião, Ozil também fez o tento dos germânicos.

Na semifinal, a Alemanha enfrenta o vencedor de França x Islândia, quinta, às 16h (de Brasília).

PRIMEIRO TEMPO DE MUITA MARCAÇÃO

Com as duas equipes se respeitando muito, o jogo começou totalmente travado, com muita marcação e nenhum chute a gol durante os primeiros 10 minutos em Bordeaux.

Só aos 14 minutos foi sair o primeiro chute a gol: Florenzi recebeu pela direita, cortou para a perna esquerda e chutou fraco, para defesa tranquila de Neuer. No lance seguinte, Khedira se lesionou e teve que dar lugar ao experiente Schweinsteiger na Alemanha.

A troca acabou surtindo efeito positivo, e a equipe comandada por Joachim Low passou a dominar amplamente a partida, tocando a bola com rapidez no campo de ataque, enquanto a Azzurra se segurava com seu forte esquema defensivo, apostando em Éder nos contra-ataques.

Aos 26, os torcedores alemães reclamaram bastante depois que Schweinsteiger marcou de cabeça, mas o árbitro Viktor Kassai anulou, alegando que o volante fez falta no zagueiro rival.

Na base dos contra-ataques, a Itália dava seus sustos, como aos 30 minutos. Após lançamento, Kimmich furou feio, De Sciglio invadiu a área e cruzou. Giaccherini iria fazer o gol, mas Boateng deu um carrinho preciso e travou.

Mas a Alemanha era melhor, e quase abriu o placar em três oportunidades. Na primeira, Hector cruzou da esquerda, Buffon bobeou e largou, e Mario Gomez quase aproveitou, mas o arqueiro se recuperou e agarrou firme. Depois, Gomez cabeceou forte, mas por cima da meta.

A melhor oportunidade foi aos 41, em uma jogada de bate-rebate que acabou virando uma bela linha de passe. No fim, a bola sobrou para Thomas Muller, que chutou meio desequilibrado, facilitando a defesa para Buffon.

E, no último lance do primeiro tempo, quase a Azzurra castigou os alemães. Giaccherini entrou na área pela esquerda e cruzou, Neuer desviou e, no rebote, Sturaro chegou soltando a bomba. A bola passou tirando tinta da trave, deixando a torcida italiana desesperada.

BLOQUEIO FURADO!

Na segunda etapa, os times também voltaram marcando forte, mas Thomas Muller, mestre em aparecer no lugar certo, na hora certa, quase anotou aos 8. Ele aproveitou jogada de Mario Gomez, tirou de Chiellini e chutou de esquerda. A bola morreria no fundo do gol, mas Florenzi acertou um calcanhar acrobático e desviou.

Aos poucos, os italianos equlilibraram, um pouco na bola e um pouco na pancada. Tanto é que, em um espaço de menos de cinco minutos, Viktor Kassei amarelou três atletas da Azzurra em sequência: Sturaro, De Sciglio e Parolo.

Os alemães, contudo, dominavam a partida, e quebraram o ferrolho italiano aos 20 minutos. Mario Gomez acreditou em jogada pela esquerda e deu ótimo passe para Hector, que cruzou forte. A bola desviou e sobrou perfeita para Ozil chegar batendo de chapa, estufando as redes de Buffon.

O gol descontrolou os italianos, que ainda se salvaram por muito pouco de levar o segundo poucos minutos depois. Ozil deu lindo lançamento para Gomez, que errou o domínio, mas conseguiu chutar forte de calcanhar. Bem colocado, Buffon fez ótima defesa.

Depois de colocarem a cabeça no lugar, os comandados de Antonio Conte reagiram e quase igualaram aos 28, quando De Sciglio chegou à linha de fundo e cruzou rasteiro. Pellè antecipou a marcação e conseguiu chutar forte, mas mandou à direita de Neuer.

PÊNALTI E REAÇÃO

Faltando 15 minutos para o fim, parecia que o empate italiano dificilmente sairia, já que os alemães controlavam a bola e a Azzurra mostrava pouca criatividade. Até que Boateng fez um corte e mandou a bola para escanteio. Escanteio que mudaria os rumos da partida...

Na cobrança, Florenzi levantou, Chiellini desviou e a bola foi direto no braço de Boateng: pênalti, anotado na hora por Viktor Kassai.

Na cobrança, o zagueiro Bonucci esbanjou tranquilidade e, com direito a paradinha, acertou o canto esquerdo de Neuer, que não chegou. Quarto gol do camisa 19 pela seleção, na primeira vez em que ele bateu uma penalidade no tempo normal de jogo.

O empate animou demais os comandados de Conte, que partiram para cima, explorando a velocidade de Éder e o bom pivô de Pellè, para tentar a vitória.

Correndo muito, o esgotamento físico dos italianos era evidente. Florenzi passou a ter cãibras. Quando não aguentou mais, saiu para a entrada de Darmian na ala direita.

No último lance de perigo do tempo regulamentar, De Sciglio deu um grande susto na torcida alemã, depois que bateu seco, rente à trave. A bola acertou o lado de fora da rede, que balançou e assanhou os fãs italianos. Mas prevaleceu o empate.

PRORROGAÇÃO

O tempo extra começou quente, primeiro com Pellè fazendo falta feia em Boateng e sendo punido com amarelo, depois com Chiellini e Thomas Muller discutindo forte na área italiana.

O respeito entre os time era evidente, e as chances clara de gol, raras. Aos 10 minutos, Draxler tentou de fora da área, mas a bola desviou e saiu. Depois, Boateng também arriscou de longe, sem direção.

Após uma primeira etapa de poucas emoções, o segundo tempo extra começou com chance claríssima de gol. Draxler aproveitou uma sobre de bola na área e chutou de costas, quase acertando o ângulo de Buffon.

A Itália respondeu aos 7, com o baixinho Insigne, que havia acabado de entrar. Ele recebeu de Pellè, deu belo drible em Boateng e bateu forte de esquerda, mas Neuer defendeu firme, sem dar rebote.

A última chance foi da Alemanha, já nos minutos finais, com Thomas Muller ajeitando e Ozil finalizando forte para defesa de Buffon. A partida teria que ser decidida mesmo nos pênaltis.

Na marca da cal, Zaza chutou por cima, mas Muller bateu muito mal em seguida, para defesa de Buffon. Em seguida, Ozil ainda acertou a trave, mas Pellè chutou um pênalti ridículo e errou. Neuer defendeu a cobrança de Bonucci, mas Schweinsteiger isolou por cima. Nas alternadas, Neuer defendeu o chute de Darmian, e Hector colocou a Alemanha na semi.

FICHA TÉCNICA
ALEMANHA (6) 1 x 1 (5) ITÁLIA

Local: Estádio Matmut Atlantique, em Bordeaux (França)
Data: 2 de julho de 2016, sábado
Horário: 16h (horário de Brasília)
Árbitro: Viktor Kassai (HUN)
Auxiliares: György Ring e Vencel Tóth (ambos HUN)
Cartões amarelos: Hummels e Schweinsteiger (ALE); Sturaro, Parolo, Giaccherini, Pellè e De Sciglio (ITA)

GOLS
ALEMANHA: Ozil, aos 20 minutos do segundo tempo
ITÁLIA: Bonucci (pênalti), aos 30 minutos do segundo tempo

PÊNALTIS
ALEMANHA: Kroos (O), Thomas Muller (X), Ozil (X), Draxler (O), Schweinsteiger (X), Hummels (O), Kimmich (O), Boateng (O), Hector (O)
ITÁLIA: Insigne (O), Zaza (X), Barzagli (O), Pellè (X), Bonucci (X), Giaccherini (O), Parolo (O), De Sciglio (O), Darmian (X)


ALEMANHA: Neuer; Howedes, Boateng, Hummels e Hector; Kimmich, Kroos, Khedira (Schweinsteiger), Ozil e Thomas Muller; Mario Gomez (Draxler) Técnico: Joachim Low

ITÁLIA: Buffon; Bonucci, Chiellini e Barzagli; Florenzi, Sturaro, Parolo, Giaccherini e De Sciglio; Pellè e Éder (Insigne) Técnico: Antonio Conte


Fonte: msn




no Google Plus

trasmontes

Antes a notícia

0 comentários:

Postar um comentário