Messi já entra na disputa entre Maradona e Pelé?

Futebol é uma das maiores paixões do homem e, como toda grande paixão, provoca debates intermináveis. Um dos maiores, senão o maior debate do futebol: Quem foi o melhor jogador de todos os tempos: Pelé ou Maradona?
A cada nova geração, tentam colocar novos grandes jogares para serem comparados com essas duas lendas, mas até o momento o único que consegue números incríveis é Lionel Messi. Inclusive já há quem diga que a única coisa que mantém Maradona maior que Messi é a representação histórica para seu país.

Não deixe de conferir o vídeo no final dessa polêmica de Messi x Maradona x Pelé!

A revista France Football, referência na cobertura esportiva, apresenta na capa da edição desta semana, que chegou as bancas hoje, discussão comparativa sobre o talento do argentino Lionel Messi e de Pelé. "Messi é maior do que Pelé", é a manchete da publicação, nascida justamente no país que definiu o brasileiro como o Atleta do Século XX. O título foi dado pelo jornal L'Équipe em 1983.

A France Football, por sua vez, considerou o antigo camisa 10 do Santos com o Futebolista do Século em 1999, em eleição realizada com todos os vencedores do prêmio Bola de Ouro, criado pela revista. A dúvida, no entanto, surge por feitos recentes do argentino.

"Quando Lionel Messi caminha para a conquista de sua quarta Liga dos Campeões, no sábado, em Berlim, sua trajetória, suas estatísticas e seu impacto forçam a comparação", aponta o texto da matéria veiculada hoje. A própria revista, contudo, lembra que a comparação entre o camisa 10 do Barcelona e Diego Maradona é mais acessível, pela proximidade de períodos de atuação e por serem jogadores de mesma nacionalidade.

Segundo a France Football, a comparação entre Messi e Pelé seria semelhante na música a colocar frente a frente Elvis Presley e Mozart, ou na pintura, Rembrandt e Salvador Dalí. Entre 1956, quando Pelé estreou profissionalmente, e 2004, quando Messi jogou pela primeira vez no Barça, "o futebol também é muito diferente", diz a revista, que destaca que o ambiente moderno do esporte é oposto ao de cinco décadas atrás, quando o "antifutebol manchava os campos".

Outra diferença seria o fato de que quase toda a carreira do Rei do Futebol foi desenvolvida com três jogos por semana, enquanto o argentino normalmente atua duas vezes, mas com constantes períodos que possibilitam recuperação física.

"Aumentou o estresse, a pressão, a repetição de esforços, a velocidade do jogo, mas melhorou a recuperação, a nutrição, a preparação física e tática", avalia a revista francesa. A France Football lembra que, apesar das eras distintas, os números são comparáveis. Pelé, por exemplo, marcou 1.281 gols sendo 784 em partidas oficiais. Messi chegou aos 500, em 11 temporadas como profissional, vestindo a camisa de Barcelona e Argentina.

O melhor registro marcador de Pelé em uma temporada, só considerando os jogos oficiais, foi de 66 gols, em 1956, contra 91 de Lionel Messi, em 2012.

A grande diferença para a France Football, contudo, é a ligação inseparável entre o Atleta do Século XX e a Copa do Mundo. O brasileiro venceu três edições, a primeira com 17 anos, e marcou gols em duas finais. "O último Mundial jogado por Pelé pertence ao imaginário, enquanto a primeira final disputada por Messi ficou em uma amarga desilusão", aponta o texto, lembrando da derrota da Argentina para a Alemanha.

Segundo a revista, no que se refere ao estilo de jogo, o brasileiro representa "a perfeição", enquanto Messi encarna a "magia". O repertório técnico do ex-Santista, sua condição física e a leitura tática que fazia eram quase insuperáveis.


"Messi também é um extraterreste, um mago, um gênio puro. Seu futebol respira, ao mesmo tempo, alegria, inteligência e simplicidade, mas seu estilo é ligeiramente diferente, menos felino e talvez um pouco menos imaginativo e coletivo. Sem a bola, não apresenta o mínimo interesse", avalia.

Outro ponto de comparação diz respeito a histórico rivais, como Eusebio e Cristiano Ronaldo. Também lembra de contemporâneos como Xavi, Iniesta e Neymar, no caso do argentino, e Di Stéfano, Puskas, Cruyff e Beckenbauer, no do brasileiro.

No carisma, Pelé leva vantagem, de acordo com a publicação, pela "voz grave, pela intensidade no olhar e o eterno sorriso", contra a postura discreta de Messi, que "procura a sombra em seu dia a dia". Por outro lado, o argentino conta com as redes sociais para divulgar sua marca, enquanto o brasileiro contava com rádio e jornais.

A conclusão da France Football é que se trata de um "debate de gerações", cuja resposta sobre quem é melhor depende da idade de quem opina.

Fonte opolemico.com.brf
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